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Tratamento endodôntico
O que é tratamento endodôntico?
É a remoção do tecido mole que se encontra na parte mais interna do dente (câmara e canal), e que recebe o nome de polpa. Esta pode estar sadia ou infectada e, ao ser removida, é substituída por material obturador.
Quais os sintomas mais característicos para se indicar o tratamento endodôntico?
Dor espontânea – isto é, o dente começa a doer sem estímulo – de forma latejante, não muito bem localizada e que aumenta com o calor. Nesse caso, a polpa ainda está viva, porém a inflamada, e o uso de analgésicos não resolve. Já quando há morte da polpa, geralmente a dor é bem localizada, havendo sensação de “dente crescido” e dor ao mastigar. Além disso, aos e abaixar a cabeça, tem-se a sensação que o dente “pesa”.
Sempre que o dente dói, deve receber tratamento ododôntico?
Não. Os dentes podem ter resposta dolorosa a qualquer estímulo fora do normal: frio intenso, calor intenso, doce e salgado. Esses sintomas são observados em dentes cariados, em dentes com o colo exposto (retração das gengivas) e em dentes submetidos a carga intensa (durante a mastigação). Nesses casos, removendo-se a causa, cessa a sensibilidade.
Em quantas sessões se faz um tratamento endodôntico?
Quando a polpa é viva e sem inflamação, uma sessão é suficiente; polpa viva e inflamada, 2 sessões. Com polpa mortificada, são necessárias mais sessões.
O tratamento é muito dolorido?
Com o uso da anestesia, o tratamento é indolor e, às vezes, nos casos de polpa mortificada, nem é preciso anestesiar. Pode ser desconfortável por ser necessário permanecer muito tempo com a boca aberta.
Após as sessões de tratamento, é comum sentir dor?
Não. O que pode acontecer nas primeiras 48 a 72 horas é ficar com uma sensação dolorosa decorrente da aplicação do anestésico e da manipulação do dente, que pode ser resolvida pela ingestão de analgésicos tipo AAS.
Um dente já tratado pode receber novamente tratamento endodôntico? Em que casos isso é necessário?
Sim, geralmente quando, no primeiro tratamento, não foi possível seguir os padrões exigidos: limpeza (remoção de todos os organismos), preenchimento hermético do canal com o material obturador etc. Essas incorreções podem provocar lesões na ponta da raiz (periápice) do tipo abcessos e lesões crônicas.
Esse tratamento é completamente eficiente?
Sim, desde que bem executado e que os outros procedimentos que reconstituirão o dente, como restauração, coroas, incrustações, tratamento gengival etc., também sejam bem executados.
O dente morre depois do tratamento?
Não, pois todo o suporte desse dente permanece vivo: osso, membrana periodontal (fibras que fixam o dene ao osso) e cemento (camada que recobre as raízes).
O inconveniente é que, como a polpa que confere sensibilidade ao dente, se o mesmo for novamente atacado por cárie, isso não será percebido devido à ausência de sensação dolorosa.
Outro possível problema é que o dente torna-se mais frágil, e isso deve ser levado em conta no momento da execução da restauração definitiva, que, nesse caso, deve ter características diferentes.
Sempre que se trata o canal o dente escurece?
Não. O que acontece é a perda do brilho, o que dá um aspecto mais amarelado. O escurecimento acentudao só acontece quando o dente sofre uma hemorragia ou mortificação pulpar antes do tratamento ou, então, por erro técnico.
O que poderá ocorrer se o tratamento endodôntico não for realizado?
Poderá se desenvolver uma lesão na região apical (infecção na raiz e nos tecidos vizinhos), que poderá ter conseqüências mais sérias, como dor intensa, inchaço, febre e bacteriemia (bactérias na corrente sanguínea). A única solução a partir daí poderá ser a extração do dente.